quinta-feira, 29 de março de 2012

"quando soltaram os cachorros loucos"




Se aventurar nas páginas e páginas daquele escritor, que de certa forma te toca, é a melhor sensação. Como está sendo bom ler nos retornos da faculdade para casa, Caio F. Abreu. Como foi bom, e maravilhoso hoje ler algo de humor vindo das palavras deste grande, mesmo sabendo que, o que virá na sequência, pode inverter o estado de espirito. "Triângulos das Águas", livro bastante propício para ler em março. "soltaram os cachorros loucos". E como se eu já soubesse, ou prevesse, as referências, os gostos, as simpatias, e as experiências, vêem de total harmonia com as minhas. A cada palavra dada, uma sensação de espirito surge. A cada gesto descrito, um sensação de leveza ou peso atrai. E a cada ausência, se repelem. Como se fossem a mesma analogia do espelho, refletem as suas sensações, e quando pára para pensar, essas sensações não são suas, mas do próprio personagem, que saem de um plano metafísico para projetarem em outros, e pensando assim, veio algumas gravuras de Escher, quando há uma mistura dos planos euclidianos, ou melhor, dos espaços euclidianos, a ponto de confudirem-se com a nossa mente, e que as tranformam em grandes enigmas.

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