d’EUs, é a racionalIDADE do antropo, que é HOMOsapiens.
SEXUALidade, VERaCIDADE que DORme nesta maDROGAda TERra da gARoa;
Faça-te teu conSOLO como mil HOMENagens;
SEM ter e senTIr, oh CORoa;
reVISITAda, São Paulo de OUTROra de hoje,
Que VEM de mim para o outro;
SuJEITO que não me quer bem, oh seu caboje;
Saio de ti e desENCONTRO;
Vejo muitas pELES e engrenagens;
E sei que, quANDO a ti, me magoa;
Navegarei em busca de novas paisagens;
Para conSEGUIR liberdade como um pássaro que voa.
Exponho nestas páginas pequenos fragmentos. Experiências com o tempo, com o mundo e acima de tudo com a humanidade. Falo da vida como parte integrantes de outros que falaram. Exponho fragmentos desses seres. Diálogo entre eles. Eles dialogam entre si. "Ando pelo mundo prestando atenção em cores que não sei o nome, Cores de Àlmodovar, Cores de Frida Kahlo, Cores..."
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Para Oswald de Andrade
Venho bebendo os mortos já faz um tempinho, não os que se foram, mas os que permanecem em suas obras, relatos e artigos. Em homenagem a um morto que ontem bebi, e hoje completaria 122 anos,
cujos fragmentos do "Manifesto Antropófago" comi. Devorarei-o agora seu
corpo. Viva Oswald de Andrade. É estranho dedicar uma carta a um cadaver, sabendo que nunca lerá, mas dedico propriamente a carta, as diversas partes do seu corpo, das suas idéias que prevaleceram e foram fragmentadas em cada um de nós. Então, para os apreciadores deste gênio do modernismo e grande pesquisador, dedico a carta a vocês. Digo que irei devorá-lo, pois não sou conhecedor de sua atmosfera literária. Sou um leigo em seu universo. O pouco que me aventurei já me identifiquei, não só eu, mas em todas as influências culturais que existem aqui no Brasil. Seu manifesto é um trabalho que irá dialogar muito com a cultura brasileira, isto é, um pouco das raizes africanas, européias e até mesmo a cultura dos "indigenas". Tive a honra de conhecer mais afundo seu trabalho, pelo grande dramaturgo "Zé Celso" em seu espetáculo: macumba antropófaga. Zé Celso bebe de Oswald, que bebe da vanguarda européia. E eu que continuarei a beber dele e tantos outros. E espero que bebam de mim. E é assm que se faz um ritual antropofagico, o canibalismo de devorar a cultura do outro e ser devorado. Hoje irei devorar meus amigos, amanhã será eles, e é assim que se constrói o conhecimento. E como diria Arnaldo Antunes: "que preto, que branco, que índio o quê?" "aqui somos mestiços mulatos, cafuzos, pardos, mamelucos, sararás, crilouros, guaranisseis e judárabes". Também bebo e como muito de Arnaldo Antunes. E para dar sentido a carta escrita para um cadaver, juntamos toda sua produção literária e toda gente que está influenciada pelo seu repertório, e em união seremos Oswald de Andrade.
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